RÁDIO UNIDOS COM CRISTO

sábado, 6 de abril de 2013


A Esperança de Noemi


"Eu sai inteira, mas o Senhor me trouxe para casa vazia "Rt 1:21

A declaração é de uma israelita, chamada Noemi. Sua história acontece na época dos juízes, cerca de 1150 a 1100 a.C. Houve grande seca em Israel e ela parte de Belém de Judá, para as terras de Moabe acompanhada do esposo Elimeleque e dos  filhos, Malon e Quiliom. Ela deposita esperanças na partida, estava inteira, completa, ao lado das pessoas que amava e quando estamos com quem amamos, nos sentimos mais fortes e seguros.  

O casal já vinha enfrentando dificuldades econômicas, essa fase, se reflete nos nomes dos filhos: Malon = Fraco, doentio e Quiliom =  Tristeza. Apesar disso, a família era feliz, especialmente porque Noemi era uma mulher de fé que não se curvava a deuses estranhos, mas adorava ao Deus de Israel. Entre Belém e Moabe muitas coisas acontecem na vida de Noemi. O primeiro fato doloroso é a morte do marido Elimeleque. Viúva, distante de sua terra natal, só lhes resta agora a companhia dos filhos e das esposas moabitas: Rute e Orfa. Mas, os filhos também morrem sem deixar herdeiros. Orfa fica em Moabe e Noemi retorna a Belém na companhia de Rute. 

Um mundo desabando, sendo desmontado em todos os seus termos. Noemi estava como que sem chão para pisar, sem ar para respirar. Para todos os lados que olhava a morte acenava, Moabe não lhe retribuiu a fé, nem a esperança, a terra sequer dava frutos e ainda lhe roubara todas as sementes. Noemi não conseguia enxergar o futuro, não havia sonhos. Estava tudo consumado, era voltar para Belém e amargar a solidão dos dias, esperando sua própria morte: "Não me chamem de Noemi (agradável) me chamem de Mara (amarga) porque O Senhor Deus tem lidado amargamente comigo. Cheia parti e o Senhor me trouxe para casa vazia" Rt 1:20-21

A palavra esperança é traduzida como “tiqvah”: Expectativa, algo desejado e previsto ansiosamente, vem do verbo ”gavah”: “olhar esperançosamente” numa direção particular. Em seu significado original, essa esperança, citada tantas vezes na Bíblia tinha o sentido de “esticar como uma corda, cordão”. Raabe foi instruída pelos espias, a amarrar um “tiqvah” na sua janela como uma corda de resgate. A tiqvah, simbolizava Cristo Jesus, o sangue do Cordeiro espargido sobre a porta dos israelitas quando do Êxodo no Egito.  

Onde estava a tiqvah de Noemi? Em todas as direções, só via fome e luto. Ainda que voltando a Belém encontrasse fartura de alimentos e familiares, mas dentro de si, tudo era sequidão, amargura. Até mesmo Deus, que fora sempre seu Refúgio, estava sendo acusado de provocar-lhe dor. Noemi sabia que Deus era o Senhor da vida e que nada acontecia sem sua permissão. Você já esteve em situação parecida com a de Noemi? Se perguntando: por que tudo isso está acontecendo comigo? Já se chamou de Mara? A história dessa mulher poderia ter acabado de forma trágica, porém ela tinha fé no Deus de Israel e aos que vivem pela fé, a esperança não morre, mesmo quando só há morte ao seu redor.

Noemi não estava vendo a Tiqvah, a corda que a alçaria da escuridão para a luz. E quantos de nós não conseguimos ver, quando os olhos estão repletos de lágrimas? Mas os planos de Deus para sua filha Noemi não estavam consumados. Foi quando Jesus disse "está consumado" que a vida venceu a morte, que a esperança ressurgiu, a Tiqvah  alcançou a humanidade. Não estava consumado para Noemi e se você tem a Tiqvah em seu coração, o sangue do Cordeiro espargido sobre as portas da alma, não está consumado para você. Não estava consumado para Lázaro, irmão de Marta e Maria há quatro dias morto e sepultado, Jesus o ressuscitou.
"Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que crê em mim, ainda que esteja  morto viverá" João 11:25

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