RÁDIO UNIDOS COM CRISTO

quarta-feira, 24 de abril de 2013


O Justo como Palmeira e Cedro no Líbano


 
"O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano" - Sl 92:18

O versículo fala da Palmeira e do Líbano.
Que lições poderíamos aprender com essas duas plantas? O que o justo a ver com elas?

1. O Justo florescerá como a Palmeira:

1.1. Adaptabilidade e crescimento da Palmeira:
A Palmeira se adapta bem em qualquer ambiente: zonas rurais, urbanas e interiores. Seu tamanho varia, de acordo com seu aproveitamento e condições ambientais. Podem crescer até 10 metros ou mais.

A Bíblia, no mesmo Salmo, indica o melhor lugar onde o "cristão palmeira" deve ser plantado: "Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus".

Adubada pela Palavra de Deus, a planta cria raízes firmes e profundas e assim, alcança grande crescimento.

Palmeiras se destacam, são visíveis a longas distâncias. Assim é o servo de Deus: é notado pela sua maneira especial de ser, seu amor e testemunho alcançam vidas, mesmo que estas estejam em lugares longíguos.

1.2. Resistência da palmeira:
A resistência a ventos e tempestades é uma outra característica da planta. Elas balançam, perdem folhas... mas não caem facilmente. É muito trabalhoso arrancar uma palmeira adulta do solo.

Exemplo disso: em Janeiro de 2005, um tsunami devastou a Indonésia. As imagens que percorreram o mundo mostraram casas sendo destruídas, prédios sucumbindo a força da água, muitos destroços e pessoas sendo arrastadas. Em meio ao terrível cenário, víamos palmeiras intactas e pessoas agarrando-se a elas para sobreviverem. Uma mulher de 23 anos (Melawati), da província de Aceh, sobreviveu cinco dias agarrada ao tronco de uma palmeira, em alto-mar. Foi resgatada por um barco pesqueiro.

Assim é com o justo; sujeito a "ventos fortes e tempestades". Por vezes, saímos tão machucados, mas, a graça de Deus nos sustenta nos dando vida e vigor para amparar os mais fracos.
"Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, O Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus" - I Cor 1:4.

1.3. Da palmeira tudo se aproveita:
Da planta, aproveita-se tudo, produzindo-se: fibras, óleos, ceras, etc. Crescimento, adaptação e estabilidade são características marcantes da palmeira.

Assim é com o cristão justo: "Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus". (Rom. 8:28). Deus transforma situações de derrota em vitória. Nada é em vão para o cristão, obediente à Palavra.

Não foi assim com Jesus? Satanás achou que o tinha derrotado com a crucificação. Mas, foi justamente ali que construiu a maior de todas as vitórias. Foi quando o apóstolo Paulo se sentiu fraco que Deus lhe falou: "Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" - II Cor 12

A "ventania" sopra, arranca folhas, espalha as flores e quando cessa tudo, lá está o servo obediente, tal qual a palmeira: Ilustre vencedor, mais forte, pronto para florescer e renovar as forças.

1.4.Florescimento da Palmeira:
As Palmeiras florescem numerosas vezes, em abundância, o ano inteiro, em todas as estações. Os insetos, especialmente as abelhas, encontram ali alimento e contribuem com a polinização.

Depois das flores, os frutos. Sendo "Cristão palmeira", os frutos são abundantes o ano inteiro, independente da estação.

As abelhas representam os sedentos, ávidos por alimento para a alma, saciando-se do néctar do cristão. Compara-se o néctar ao Espírito Santo, que tem poder para convencer o homem "do pecado, da justiça e do juízo" - Jo 16:18.

As abelhas são como a mulher samaritana: levam as boas novas a outras que passam a "beber da mesma fonte".


2. O Justo como Cedro no Líbano.

Na segunda parte do versículo, a Bíblia assevera que o justo crescerá como cedro no Líbano - Sl 92:12.

Não foi à toa que Davi teceu essa comparação. Deus, que criou todas as coisas, sabe muito bem das lições que devemos aprender com as plantas. Vejamos o que o Cedro do Líbano tem a nos ensinar:

2.1. Crescimento Lento Mas Consistente.
Sabemos acerca do Cedro do Líbano que ele cresce devagar, mas chega a atingir a altura de até 40 metros.

Nos primeiros três anos de vida, as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco centímetros. Somente a partir do quarto ano é que a árvore começa a crescer.

O Cristão é como o cedro do Líbano, e portanto, tem a promessa de crescer. Ainda que o seu crescimento seja lento conforme a experiência do cedro, ele acontecerá e se tornará visível a todos.

A preocupação do filho de Deus, principalmente nos primeiros anos da vida cristã, não deve estar no crescimento em si, mas no lançar das suas raízes. Lembre-se do fato de que nos três primeiros anos o cedro possui raízes de um metro e meio de profundidade, enquanto a planta apresenta apenas cinco centímetros! Entendamos, portanto, que o foco está no lançar das raízes muito mais do que nas evidências externas.

Notamos muitas pessoas preocupadas porque não percebem que estão crescendo espiritualmente. Provavelmente estejam esperando frutos visíveis, ministérios estabelecidos, ou alguma evidência externa de que estão crescendo em Deus.

No entanto, como o cedro, não deveríamos estar tão focados nessas evidências externas, se verdadeiramente nos ocuparmos em aprofundar as nossas raízes. Fazemos isso através da leitura da Palavra, da assimilação dos Seus princípios e da devida aplicação na vida prática.

A essência da Palavra de Deus é o AMOR: quanto mais nos exercitamos no Amor a Deus e ao próximo, mais profundas serão nossas raízes, e depois, no seu devido tempo, passaremos a manifestar um crescimento gradativo.
"E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" (Efésios 3:17-18)


2.2. Raízes que Buscam as Águas Profundas:
Outra verdade interessante é que o Cedro do Líbano é muito resistente e suporta vento e calor. Suas raízes profundas buscam água nos lençóis freáticos e por isso ele não depende de chuva, como planta típica dessa região árida e semi-árida.

Assim deve ser o cristão. Para crescer à semelhança do cedro, ele não pode viver na dependência dos fatores externos. Ele precisa aprender a aprofundar as suas raízes a fim de buscar alimento e provisão mesmo em condições desfavoráveis de seca, calor e ausência de chuvas.

Há quem diga que deixou de crescer espiritualmente por causa da falta de espiritualidade da sua igreja local. Às vezes nos queixamos da própria família por não nos propiciar as condições favoráveis para o êxito em alguma área da vida. Nas mais diversas ocasiões, se nos descuidarmos, estaremos sempre achando um "bode expiatório" para os nossos fracassos.

No entanto, o ensino bíblico nos mostra que apesar da ausência de chuvas ou de fatores externos extremamente desfavoráveis, há de se encontrar as águas mais profundas. Aquelas que se acham quando são buscadas. Não estão na superfície da indiferença nem da preguiça. Não estão no limiar do conformismo ou da apatia espiritual. Elas estão no lugar da fome e da sede de Deus. Elas se encontram no lugar do desejo de ser alguém para Deus e para o mundo.
"Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jeremias 29:13)


2.3. Raízes Que Abraçam a Rocha
Em botânica, ensina-se que toda raiz quando cresce muito e atinge a rocha, ela pára de crescer. No caso do cedro do Líbano, a raiz continua a crescer em volta da rocha, abraçando-a. Enquanto algumas raízes vêem na rocha um impedimento para a sua expansão, para o cedro, justamente o contrário. Quanto mais abraçado à rocha, mais firme ficará.

Para muitos, o encontro com a Rocha fará cessar o seu crescimento. Refiro-me aos que vivem fora da Palavra de Deus. Eles vão crescendo e desenvolvendo seus projetos pessoais até esbarrarem em Cristo e em Seus imutáveis princípios. Não podem prosperar à maneira de Deus porque seus métodos, fórmulas, motivações e ações são condenados por Ele.

Não é assim com o justo que continua crescendo até suas raízes se firmarem na rocha, abraçando-a e estabelecendo uma relação de maior intimidade. "Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos." (1 Pedro 2:7-8 )


3. Conclusão
Sejamos firmes como essas plantas. Saibamos ler na natureza as preciosas lições que Deus quer que aprendamos!



terça-feira, 23 de abril de 2013

O PAI QUE CLAMOU A JESUS


“Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água” (Mt 17.15)

O clamor sincero e cheio de fé move a mão de Deus.


Um menino possuído pelo maligno – Quando desceram do monte da transfiguração, Jesus e os discípulos Pedro, Tiago e João encontraram os demais diante de uma situação embaraçosa... Os escribas debatiam com eles...

Mc 9.14-16: “E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles. E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram. E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?”.

1.1 O menino era lunático – O pai daquele menino o identificava como lunático. A tradição judaica ensinava que tal enfermidade era influenciada pelas mudanças ou fases da lua... A Bíblia faz diferença entre enfermidade e uma pessoa possuída por demônios.

Mt 4.24: “E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava”.

Mt 9.35: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo”.

Mc 1.34: “E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam”.

1.2 O mal o acompanhava – “E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele lhe disse: Desde a infância” (Mc 9.21)...

Mt 17.15: “Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e, muitas vezes na água”.

Mc 9.17,18,20,21: “E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo; e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai-se secando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E trouxeram-lho; e, quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência; e caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, espumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância”.

Lc 9.38,39: “E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho. Eis que um espírito o toma, e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado”.
                                                                                                     
1.3 O maligno queria destruí-lo – A ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso...

Jo 10.10: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”.

Depois da experiência da transfiguração no cume da montanha, Jesus e os três discípulos são confrontados por uma situação em que um pai traz aos demais discípulos de Jesus o filho que era possuído por um espírito maligno, porém os discípulos não puderam expulsá-lo. O filho é chamado pelo pai de “lunático” e a forma como o pai identifica os sinais externos relacionados à possessão demoníaca é muito semelhante aos sintomas relacionados à doença que hoje é conhecida por epilepsia. Isto não significa, no entanto, que qualquer pessoa que apresente os sintomas da epilepsia esteja tomado por um espírito maligno. Esta muitas vezes é causada por desequilíbrios químicos ou morfológicos que comprometem o funcionamento do sistema nervoso central. No caso em questão, a enfermidade do menino envolvia a possessão demoníaca, porém é importante notar que Jesus curou pessoas com diversos tipos de enfermidades, que não necessariamente envolvia a possessão por espíritos malignos. Quando o caso envolvia apenas algum tipo de enfermidade a forma como Jesus curava era por imposição de mãos ou algum tipo de toque, ou de alguma outra maneira segundo o seu propósito e vontade soberana; quando envolvia a possessão demoníaca a forma como Jesus “curava” normalmente era por ordem direta ao demônio para que partisse do indivíduo. A igreja quando confrontada com tais situações deve buscar discernimento e sabedoria para lidar com as mesmas. Ao mesmo tempo que se deve orar para que se tenha autoridade para que ocorra a expulsão de demônios no poderoso Nome de Jesus, a igreja não deve deixar de considerar que existem situações onde soluções médicas devem ser procuradas, pois conforme já dito anteriormente, nem toda enfermidade é decorrente de uma possessão demoníaca ainda que os sintomas sejam muito semelhantes.

Mt 10.8: “Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí”.

Mc 3.14,15: “E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, e para que tivessem o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios”.

Mc 6.7,12,13: “Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos; e, saindo eles, pregavam que se arrependessem. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam”.

2. O milagre de Jesus – Milagre pode ser definido como uma interferência da lei de Deus sobre as leis naturais, mediante a um poder sobrenatural...

Jesus realizou milagres no poder do Espírito Santo, assim também a igreja deve buscar a virtude do Espírito Santo para que os sinais possam acompanhar aqueles que crêem.

Lc 4.18,19: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, a pregar liberdade aos cativos, e restauração da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor”.

At 10.38: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.

Mc 16.17-20: “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”.

1 Co 12.7-11: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.

2.1 Os discípulos não puderam (Mt 17.16; Mc 9.18) – A falta de poder dos discípulos é interpretada por Jesus por base na incredulidade...

Mt 17.16,17: “E trouxe-o aos teus discípulos e não puderam curá-lo. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui”.

O pai que tinha o filho lunático havia trazido o filho aos discípulos de Jesus e estes não puderam curá-lo. Jesus associa tal fato à incredulidade dos discípulos, e não à do pai do menino, pois apesar do mesmo reconhecer a sua incredulidade, conforme se vê em Mc 9.24 “E logo o pai do menino, clamando com lágrimas, disse: Eu creio Senhor! Ajuda a minha incredulidade”, havia mais fé nele que vem em busca de auxílio do que nos próprios discípulos de Jesus que com Ele andavam todos os dias, e daí Jesus repreendê-los através da frase: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco e até quando vos sofrerei?” Em Mt 17.19, os discípulos aproximam-se de Jesus e pedem ao Senhor, em particular, uma explicação. Jesus vai diretamente ao ponto em questão: A falta de fé: “Por causa da vossa pequena fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos será impossível” (Mt 17.20). Naturalmente esta declaração de Jesus deve ser entendida dentro dos princípios da fé em Deus e não da fé na fé. A primeira se baseia na vontade de Deus, e por causa disto exige vida consagrada a Deus; a segunda normalmente se baseia na presunção humana, onde o homem pensa poder determinar a Deus o que Ele deve fazer. A resposta de Jesus em Mt 17.21, onde Ele fala da necessidade de oração e jejum “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”mostra que é a fé subordinada à vontade de Deus, onde o homem deve reconhecer a sua limitação e dependência de Deus que Jesus está se referindo e não a qualquer outro tipo de fé.

2.2 O perigo da frieza espiritual (Mt 17.17; Mc 9.19) – “Até quando vos sofrerei”... “Sem lenha o fogo se apagará” (Pv 26.20)...

Conforme visto no tópico acima, Jesus mostrou aos discípulos a razão pelo qual eles não puderam expulsar o demônio, a incredulidade, e na seqüência, Ele instruiu quanto a necessidade de vida consagrada a Deus através da oração e do jejum. O princípio que fica em evidência é que se os discípulos tivessem uma vida de oração e jejum, como Jesus o tinha, eles poderiam ter trazido solução para a angústia daquele pai. Assim, a vida de oração e jejum de uma igreja ou de alguém é o termômetro que mostra a sua condição espiritual. Onde há muita oração e jejum resultante da dedicação genuína a Deus e à sua Palavra há fervor espiritual e abundância de fé.

Mc 1.35: “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava”.

Lc 5.15-17: “A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e ali orava. E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar”.

Mc 11.22-24: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus; porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito. Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis”.

2.3 Tudo é possível ao que crê (Mc 9.23) – Jesus afirma que tudo é possível se crermos, porque nada é difícil para Deus... Esse comportamento e convicção e pura confiança nas Escrituras, é denominado fé...

Mc 10.27: “Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis”.

Lc 1.37: “Porque para Deus nada é impossível”.

Hb 11.1,6: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

Jo 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”.

Gl 5.22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, , mansidão, temperança”.

1 Pe 1.21: “E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus”.

3. A atuação dos demônios – Algumas pessoas negam a existência dos demônios. Pelas Escrituras podemos ver: Sua origem (Is 14.12-15; Ez 28.12-19). Seu caráter, isto é, as qualificações do caráter que são indicados pelos seus títulos como: 1) Satanás, que significa adversário; Diabo, caluniador; 3) Destruidor “apollyon (grego), “Abbadon” (Hebraico); 4) Serpente (Ap 12.9); 5) Tentador (Mt 4.3); 6) Príncipe e deus deste século (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Sua atividade: Perturbar a obra de Deus (1 Ts 2.18); e o seu destino; será aprisionado durante o milênio e depois lançado no lago de fogo.

Satanás foi um anjo criado em santidade e perfeição, mas também com livre arbítrio para escolher entre permanecer fiel a Deus ou não. Em sua rebeldia, ele caiu de sua posição original e com ele um terço dos anjos conforme fica subentendido em Ap 12.3,4. Seu fim, porém será a prisão durante o Reino Milenar e depois o lago de fogo.

Is 14.12-15: “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo”.

Ez 28.12-19: “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estivesteno Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheu-se o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim protetor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá”.

Ap 12.3,4: “E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho”.

Ap 20.1,2,10: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

Acerca dos nomes de Satanás, além dos citados na lição podem ainda ser citado, dragão e maligno:

Ap 12.9: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”.

Mt 4.3: “E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães”.

Jo 12.31: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo”.

2 Co 4.4: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.

1 Jo 5.19: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno”.

3.1 Os demônios são opositores de Deus – ... O inimigo se opõe em primeiro lugar a Deus e em segundo lugar a humanidade (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). Ele procura em todo momento acusar os homens diante de Deus (Jó 1.9,11; 2.4,5; Ap 12.10) e também denegrir a imagem de Deus diante da humanidade (Gn 3.1-5; Is 14.13,14).

Zc 3.1: “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor”.

1 Pe 5.8: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”.

Ap 12.10: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.

Gn 3.4,5: “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal”.

Vale lembrar que algumas das astutas ciladas de Satanás contra o povo de Deus e o próprio Deus envolvem:

·   Falsa doutrina  1 Tm 4.1: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”.
·   Falsos evangelhos  2 Co 11.4: “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis”.
·   Falsos cristos  1 Jo 2.18: “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora”.
·   Milagres enganadores  2 Ts 2.8,9: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira”.
·   Aparência de piedade  2 Tm 3.1-5: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.
·   Falsos apóstolos  2 Co 11.13-15: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras”.

3.2 Os demônios oprimem – O maligno oprime a mente através de imaginações fantasiosas de pecado, ou de doenças emocionais e físicas... O exemplo de Jó, que foi ferido com tumores por um ataque de Satanás. Não significa que ele tenha ficado endemoninhado...

Neste ponto é importante deixar claro, que o cristão que guarda a si mesmo e anda em comunhão com o Senhor é cheio do Espírito Santo e sendo assim, ele nunca fica endemoninhado. Isto não significa, no entanto, que ele não possa vir a ser oprimido, ser tentado ou sofrer qualquer tipo de ataque por parte do inimigo, pois este de contínuo tentará seduzir o crente.

1 Jo 5.18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”.

2 Ts 3.3: “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno”.

2 Co 11.3: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”.

Defesas do crente contra satanás:

1. Intercessão de Cristo – Lc 22.31,32: “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”.
2. Ter a atitude correta para com satanás – Jd 9: “Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda”.
3. Estar vigilante contra satanás – 1 Pe 5.8-10: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”.
4. Tomar uma atitude de resistência contra satanás, mas por vezes devemos fugir – 2 Tm 2.22: “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor”.
5. Fortalecer na comunhão com Cristo e tomar a armadura espiritual – Ef 6.10,11: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”.

3.3 Os demônios tomam posse de vidas – Estudiosos afirmam que, no grego, a expressão “daimonizomai” implica em estar sob o controle de um espírito maligno. A possessão demoníaca é aquela que invade a personalidade da pessoa e toma o controle total da mente, da alma e do corpo, sendo vistas atitudes irracionais que se manifestam de modo assustador...

Possessão demoníaca é a ação de demônios que invadem e dominam o sistema nervoso, a consciência sensorial, a sede da vontade humana; e que, enfim, tomam posse do corpo físico de uma pessoa, na qual ainda não habita o Espírito Santo, controlando suas ações e, por vezes, submetendo esse corpo humano a todo tipo de humilhação e sofrimentos.

Mt 12.43-45: “E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”.   

4. Lições de um pai – A Bíblia possui dez registros sobre o que o demônio pode causar ao ser humano: 1) Mudez (Mc 9.17,25); 2) Surdez (Mc 9.25); 3) Espuma pela boca (Mc 9.18,20); 4) Ataques (Mc 9.18,20,26); 5) Ranger de dentes (Mc 9.18); 6) Exaustão (Mc 9.18,26); 7) Quedas (Mc 9.20); 8) Tendências suicidas (Mc 9.22); 9) Gritos (Mc 9.26); 10) Insanidade ou loucura (Mt 17.15). O pai deve ser um exemplo para os seus filhos, um sacerdote...

Ml 4.6: “E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”.

4.1 Buscou a bênção em Jesus – Já no versículo 22, disse o pai do menino: “...Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”... Aquele pai apelou para a compaixão de Jesus e se humilhou...

Sl 108.12: “Dá-nos auxílio para sair da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem”.

4.2 O amor pelo seu filho – No evangelho de Marcos 9.24 está escrito: “E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor!...” É possível imaginar aquela cena, um pai que sentia suas limitações, as forças praticamente esgotadas, decepcionado, mas amava o seu filho. Tudo na vida espiritual se baseia no amor...

1 Co 13.1-6: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

4.3 Vencendo sua incredulidade – Ainda em Mc 9.24b encontramos: “...Ajuda a minha incredulidade”.

Em Marcos 9.22 é possível observar que o verdadeiro desejo do adversário era destruir o menino, por isso o menino muitas vezes era jogado na água e no fogo. É possível observar também o pai tomado pela dúvida, já que as tentativas anteriores de expulsão do espírito maligno tinham sido todas frustradas, no entanto, ainda assim, e em meio à sua dúvida ele recorre a Jesus através das palavras: “Se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. Jesus, de certa forma, repete a fala daquele pai (se), porém com sabedoria Ele fortalece a fé do amoroso pai e afasta os seus temores, na seqüência, através das palavras: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23). Imediatamente o pai do menino exclama em meio às lágrimas: “Eu creio, Senhor!” (Mc 9.24b). Assim, percebe-se que a fé é obra da palavra que vem“pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Jesus, porém exortara aquela geração por sua incredulidade. Aquele pai, em sinceridade diante de Jesus, reconhece a si mesmo como parte da geração incrédula, e assim, fundamentado na verdade anunciada por Jesus, ele grita em seguida à sua declaração de fé: “Ajuda a minha incredulidade” (Mc 9.24c). É a segunda vez que ele grita por ajuda, mas desta vez não para seu filho, mas por si mesmo. Há muito tempo, ele mesmo precisa de ajuda. A vida é exatamente como esta história. Esta é a experiência de todos os que se preocupam com um ente querido até se verem empurrados para a última instância. Na própria fé, eles precisam de ajuda. Eles clamam: Ajuda-me contra mim mesmo! É neste momento que a verdade de cada um acerca de si mesmo torna-se patente e Deus se torna totalmente Deus para si próprios.  

quinta-feira, 18 de abril de 2013

REMOVA A PEDRA


Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque é de quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Jo 11:39-40.
Uma das primeiras ações das pessoas diante de um problemas  difícil, é só enxergar obstáculos. Foi o que Marta enxergou: Fazer Lázaro voltar à vida era uma tarefa impossível aos homens, mas possível a Deus. Remover a pedra, porém, era uma tarefa que os homens poderiam fazer. E Jesus deixou esse trabalho para eles.
Um milagre requer uma parceria entre Deus e o homem. O homem entra com a fé; Deus entra com a ação sobrenatural. Se o homem não entra com sua parte “a fé” o milagre não vem, pois “sem fé” é impossível, agradar a Deus. É claro  que Deus pode fazer tudo sozinho, mas agrada ao Senhor a fé depositada nele pelo homem. Por isso a Bíblia diz: Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Sl- 37:4.
Em Mt 13:58, diz que Jesus deixou de fazer muitos milagres em Nazaré por causa da incredulidade do povo. Uma coisa é a fé teórica; outra coisa é a fé na “prática”, vivenciada.  
Há momentos que, diante de uma tribulação, de um problema  que para nós é difícil encontrarmos a solução, sentimo-nos desanimados, abatidos e não temos disposição para remover a pedra que impede o acesso à solução dos problemas.
Mas Deus, que é maior que todos os problemas, nos diz: Tirai a pedra. Se nós não removermos a pedra da nossa incredulidade, se não exercermos, de fato, a nossa fé, perderemos a oportunidade de dizer, como Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42,5).
Você está passando por alguma situação difícil, e já orou a Deus e a resposta ainda não chegou! Continue confiando. Ele sabe o tempo de lhe dar a bênção.
Não desanime, remover a pedra significa fazer a sua parte. Exerça a sua fé, Ele espera que você faça sua parte... sem fé você não verá a glória de Deus. NA BÍBLIA VEMOS TANTOS MILAGRES, que posso citar alguns: A ressurreição da filha de Jairo, Jesus tomou amenina pela mão, e ela se levantou, a cura de Naamã, ele mergulhou no rio sete vezes e ficou curado. A multiplicação de cinco pães e dois peixes para que alimentasse uma multidão, a transformação da àgua em vinho, a cura da mulher com fluxo de sangue, ela padeceu por doze anos, a cura de dois cegos, e muitos outros!
Se queremos ver milagres em nossa vida, não podemos duvidar das promessas de Deus. Se diante de um problema Ele nos mandar remover a pedra que serve de obstáculo, obedeçamos. Para que Lazaro saísse para fora só precisava que os homens retirassem a pedra. Jo 11:39.
Deus sabe até onde vai a nossa capacidade de lutar, e não deixará que carreguemos fardos maiores que à nossa força. Ele não espera o impossível de nós, e sabe o tempo certo de agir em nosso favor.
Então, quando diante de um problema sentires que, realmente, nada podes fazer, e que se esgotou toda tua capacidade física, mental, emocional, espiritual... lembra-te que Deus é maior que todos os problemas, e que ainda te resta a fé. Em Mc- 11:24, Jesus diz : Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes,crede que recebeste, e será assim convosco. 
REMOVA A PEDRA...
DEUS TE ABENÇOE!

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Alegria Vem Pela Manhã



Salmos 30:5 - Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.

O salmista nos garante que nosso choro não é permanente: “... O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).

Quando o choro nos assoberba, parece que tudo vira noite escura. Mesmo quando, fora de nós, o sol esteja radiante e cálido. Porque a alegria dos outros só faz nossa tristeza parecer pior e desrespeitada. “O choro pode durar uma noite” e, na verdade, dura. Quanto mais quentes e sentidas são nossas lágrimas, mais comprida e triste parece nossa noite.

O choro do cristão, entretanto, é condenado a durar por uma noite. Para aquele que tem o amor de Cristo, não existe lágrima que não seja enxugada pelo Senhor. Após a noite do pranto, temos o direito e, talvez o dever, de esperar pela manhã do Cristo que, com Sua luz e poder, substitui o choro pela alegria. A manhã do Cristo sempre nasce em nossa alma, por mais doloroso que tenha sido o nosso choro. Por mais humilhante e raivoso que ele tenha sido. O Senhor nos inunda com alegria, pelo poder curativo do Seu amor, pela iluminação da Sua luz. A alegria sempre vem pela manhã.